O papel da alimentação durante a gravidez e a saúde
dos filhos na vida adulta
O correto plano alimentar deve garantir o aporte de proteínas,
carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais nas quantidades preconizadas para a
gestação.
Nesse período, uma alimentação adequada pode ser importante tanto para a
saúde materna quanto para o desenvolvimento do feto.
No entanto, fatores como o estresse, exposição a substâncias tóxicas e
disfunções hormonais aliados a uma alimentação desequilibrada durante a gestação,
podem trazer consequências negativas para o desenvolvimento intra-uterino.
Além disso, a má nutrição materna
pode também determinar o aparecimento de doenças na vida adulta da criança,
como obesidade, hipertensão, diabetes do tipo 2, entre outras. Este processo é
denominado programação metabólica e os mecanismos que explicam o
desenvolvimento destas doenças ainda não estão totalmente elucidados.
Estudos sugerem que o baixo peso ao nascer está associado com um aumento
na incidência de doenças coronarianas, resistência à insulina, aumento do
colesterol e da pressão arterial no adulto.
Acredita-se, contudo, que a nutrição neste período determinante do
crescimento, é responsável por induzir mudanças na estrutura e funcionalidade
do organismo do feto por meio de adaptações celulares e bioquímicas, resultando
em efeitos a longo prazo que podem ser observados até a vida adulta.
A alimentação inadequada, marcada pelo excesso de açúcares,
gorduras, alimentos refinados e industrializados aliados à baixa ingestão de
antioxidantes, vitaminas e minerais presentes frutas, verduras e legumes é,
infelizmente, comum entre muitas mães em nosso país.
Além disso, a deficiência energético-protéica e a ausência de
micronutrientes como, por exemplo, o ferro, zinco e vitamina A podem alterar o
metabolismo, crescimento e função dos órgãos e trazer conseqüências
irreversíveis se não corrigidas com eficiência.
Já os excessos na alimentação de mães obesas também são capazes de
trazer efeitos posteriores e aumentar do risco do desenvolvimento de obesidade
e diabetes em seus filhos.
Assim sendo, para que as mulheres tenham filhos saudáveis, o preparo do
seu organismo deve começar até mesmo antes da gestação, com o resgate de
hábitos alimentares adequados e estilo de vida apropriado. O acompanhamento
nutricional é imprescindível com o intuito de reduzir os índices de doenças
crônicas não transmissíveis e assegurar a quantidade necessária de nutrientes
nesta fase para que os filhos se desenvolvam com plena saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário